Latvala já tinha dito que existiam duas possibilidades para dar sequência à sua carreira, ficar na Ford ou rumar à Volkswagen, protelando a sua decisão para novembro, mas este anúncio da Ford permitiu concluir-se de imediato que o caminho só podia ser um, a Volkswagen, o que foi hoje confirmado. Com esta dupla, Latvala e Sebastien Ogier, espera-se que a VW Motorsport dê grande luta à Citroen. Curiosamente, tanto Ogier como Latvala somam para já sete vitórias no WRC.
Volkswagen Motorsport, confirmou também que não vai existir piloto número um na equipe. Ao contrário da Citroen que já anunciou Mikko Hirvonen como piloto número um na Citroen em 2013, a VW opta por equalizar os seus pilotos. Paralelamente, a Citroen ainda não anunciou o seu segundo piloto, acreditando-se que será Dani Sordo, um regresso, que deverá alternar com Sébastien Loeb, que deverá disputar quatro ou cinco provas. Não foi referida a duração do contrato de Latvala com a VW, mas julga-se que o vínculo será de vários anos. Um porta-voz da equipa alemã disse também que está perto o anúncio relativo ao piloto júnior, que deverá ser Andreas Mikkelsen.Latvala pilota Carros desde os oito anos
Há muito que o youtube nos mostra vídeos de crianças aos comandos de carros de ralis, como é o caso do filho de Harri Rovanpera, Kalle, mas muito antes da internet, com a mesma idade, já Jari-Matti Latvala fazia o mesmo, ainda sem youtube, deliciando-se nos lagos gelados da Finlândia, ao volante de um Ford Escort, à escala 1/1, passando depois para um mais potente Sunbeam Avenger adquirido à família de Henri Toivonen. Os ralis eram uma questão de tempo…
Aos 17 anos, fazia a sua primeira aparição no Campeonato do Mundo de Ralis, no Network Q Rali da Grã-Bretanha de 2002. Depressa começou dar nas vistas e bastaram seis meses para se estrear ao volante dum World Rally Car, na Grécia 2003, aos 18 anos, onde terminou em décimo.
Depois, os tempos foram algo conturbados: “Em 2004 foi um ano mau e muito difícil quando fiz a Junior WRC. Basicamente, em vez de darmos um passo em frente, demos um para trás. Mas, em 2005, já foi um ano bom ano pois ganhei o Grupo N na Sardenha e na Córsega. Depois em 2006, chegou a oportunidade de guiar para a Stobart e no Rali da Grã-Bretanha terminei mesmo em quarto. Nesse ano, também ganhei a Produção na Austrália e na Nova Zelândia, que foram momentos importantes na minha carreira. Em 2007, a Stobart contratou-me para toda a temporada e alcancei o meu primeiro pódio e na Sardenha também cheguei, pela primeira vez, à liderança de um rali. E depois chegou a minha primeira vitória, no Rali da Suécia de 2008!”, a tal que em que destituiu a honra do seu ídolo de infância, Henri Toivonen, que era, até então o mais jovem piloto a ter triunfado numa prova do Mundial de Ralis.Depois disso, algumas vitórias e muitos acidentes como o do Rali de Portugal de 2009, onde podia ter perdido a vida. Mais tarde, na Polónia, “no último troço perdi o segundo lugar!”, foi um momento muito complicado da sua carreira. Malcolm Wilson deu-lhe a mão, apoiou-o, mas as coisas mudaram pouco. Com o passar do tempo, foi confirmando a rapidez, mas a irregularidade continuou... até hoje. Agora, a Ford “desistiu” e Latvala troca de equipa. Depois de uma década no WRC, tem pela frente um grande desafio, já que com a saída de Sébastien Loeb, a luta pelo título do WRC 2013 estará mais aberta que nunca.
Fonte: autosport.sapo.pt
